quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Singularidade


Acordei incapaz de dizer meu próprio nome
Seria fome ou seria sono?
Seria simplesmente abandono o que vivo?
Só sei mesmo que não consigo mais pensar
Nem divagar sobre a vida.
Maldita foi a hora que lhe conheci
Nunca pedi pra isso acontecer
E ao meu ver aconteceu meio que no susto.
Me assusto com o imprevisto que é viver
E não podendo ver nem ouvir
Não ter onde ir, nem ao menos querer ficar.
Continuar a sentir essa sua falta
Que me assalta diariamente o peito
De um jeito que espreme minha sanidade.
Uma forma de saudade que aos poucos me mata
Cata cada grão de amor que eu tinha em mim
E assim me faz viver a agonia da paixão
Pois o coração não sabe significar
Talvez apenas mistificar a singularidade do sentimento
Que fere por dentro o pobre coração
Que não sabe que paixão significa sofrimento
Rasga por dentro bem lento e vagaroso
Mas mesmo pesaroso não mata o sentimento.

                                     - Rodrigo Fernandes

domingo, 2 de agosto de 2015

Depois de você



Depois que te conheci
Tudo era uma grande novidade
A vida teve um novo começo
Iniciar a perspectiva de viver outro amor

Depois que te conheci

Tudo passou a ter bem mais cor
Resolvi deixar o preto e o branco
Ter um pouco mais de vida em minha vida

Depois que te conheci
Veio também a confusão interior
Tudo agora é tão contraditório em mim
Você me faz viver os extremos de mim

Depois que te conheci
Tudo o que penso, tudo o que falo
Tudo o que faço ou que sou
É pra tentar te ver feliz, você bem sabe

Depois que te conheci
Tudo fez sentido pra mim
E já não importa onde eu vá ou o que faça
Se for sem você, nada mais tem graça

                    - Rodrigo Fernandes Moraes