domingo, 9 de março de 2014

Esperança


Meu amor, te dou meu amor, lhe entrego o coração
Minha paciência e calma para esperar por ti
E nesta espera que somente te espera amar assim
Implora a Deus, os olhos ao céu, joelho ao chão

Dos dias de sol que me ofuscam vermelha a visão
Dos dias frios que empurram para minha solidão
Nas chuvas que caem nos domingos triste sem você
Espero a ti meu amor, sem mesmo saber o por que

Se brota o sol em meio a toda esta escuridão
Feliz fica ainda e muito mais meu coração
Da lembrança do teu sorriso que vi apenas uma vez
Vendo em mim a esperança de ter ter comigo se refez

E se a chuva cessa, não diminiu ainda mais meu amor
Minha esperança se renova nas gotas que ficaram pelo chão
E em sonhos eu ainda posso sentir em minha face tua mão
O meu querer que só quer te ter, para cessar minha dor

A espera me amargura e me aperta a cada segundo o coração
E ora para que não mais se alargue entre nós este vão
Que me separa de ti, e me deixa tão triste pelos dias a fora
E assim espero pelo momento de te ter, para sempre e agora

- Rodrigo Fernandes Moraes

terça-feira, 4 de março de 2014

Eu, Lobão e a Solidão


Tantas tardes de sábado, tão solitárias quanto se pode
O sol queima la fora, e aqui dentro meu som se abafa
A televisão ligada, fala algo que não consigo entender
E as lembranças que martelam a mente gritam alto

Não quero mais me aventurar nesses amores inconsequentes
Que partem corações, quebram planos e tiram o sono
Para que ficar então jogado no chão da sala sozinho?
E achar que o fim não pode ser um novo começo para mim

Se o vento bate lá fora, e diminui o calor que eu sinto
Eu minto para mim e digo que a solidão não é tão ruim
Mas se o coração sabe que no fundo é tudo fingimento meu
E nas mãos do tempo eu fico deitado, e espero o que vem

E agora na televisão passa uma canção para me aliviar a dor
E se o viver já não é tão duro, endurece ainda mais meu ser
E uma voz que pergunta: "Pra onde você foi, pra onde você vai"
E assim seguimos a vida nesta casa, eu, Lobão e a minha solidão

- Rodrigo Fernandes Moraes