domingo, 18 de maio de 2014

Água de rio


Hoje eu me questiono a cada pequeno vão momento
Onde foram parar os receios que são tão meus
Todo aquele medo que em mim era um grande monumento
Que me abandonaram sem ao menos sequer um adeus

Não que eu ache ruim não te-los aqui junto comigo
Mas é que todo homem bem no fundo os junto consigo
Mas sem o peso que eles me causavam para minha alma
Me sinto livre, leve, e posso agora respirar a calma

A tua boca expulsa os demônios que em mim viviam
Exorcisa o mal que minha mente tanto me causava
E não me encontro como eu era nem mesmo como estava
E agora meus pensamentos que àquela tristeza se atava
Esboçam uma alegria estranha para uma alma que não sorria

Mudanças trazidas de tua alma para fora por tua boca
Que encontram lacunas em uma pobre alma que está oca
Tuas palavras que agora me preenchem cada espaço vazio
Diferente dos outros, cujas palavras vazias são passageiras
Coisas ditas, como suspiros fracos de uma alma da morte à beira
E diferente de ti passam reto por minha vida como as água de rio

- Rodrigo Fernandes Moraes

Nenhum comentário:

Postar um comentário