segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Natural


Os ventos sopram rebatendo e movendo meus moinhos
Empurram os pássaros para o céu com eles sozinhos
Queima o sol da minha pele no meu escuro a palidecer
Sob luas sem fim suspira um amor que vive de padecer

Tempestades frias que encharcam bem mais meu interior
Trovão dissonante que em meu peito bate com fervor
O estio que seca minha mente e trinca o chão da alma
Traz um mundo inteiro posto em minha mão na palma

Revolve meu mar, aquele frio na barriga se apodera
Em ondas a marear um dia na vida ou mesmo uma era
Desliga meu sol para poder ascender minha lua
Teus beijos vertiginosos que minha alma deixa nua

Me abraça com braços suaves de brisa do mar que vem
Me olha com o olho do furacão e de coragem me deixa sem
E me sustenta como um pilar fincado na areia da praia
Prende-me livre neste céu azul e jamais deixe que eu saia

- Rodrigo Fernandes Moraes

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