sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Navegante e o Farol


Navego por águas que desconheço tatalmente
Meus mapas eu vou trançando todos mentalmente
Mas há tempos eu não acho mais um rumo certo
De minha casa não sei mais o caminho correto

Estas águas escurecidas pelo céu de uma noite
Cujas ondas em meu barco empregam forte açoite
Me balançam com uma força tão descomunal
E a saudade me fere como fosse um punhal

Os remos foram-se pelas águas embora para o fundo
Este mar da vida que me empurra sempre ao fim do mundo
Para longe de você, que sempre me esperou sorrindo
Não sabes então por onde ando, ou pra onde estou indo

Espero acordar deste pesadelo e pisar em firme terra
E pode dizer que ali este tormento finalmente se encerra
Chegar, te ver ao longe, sorrindo me aguardando no atol
Com teus olhos brilhantes, que na noite eram o meu farol

- Rodrigo Fernandes Moraes

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