domingo, 24 de novembro de 2013

Sofrer sem sentido


Esta chuva que se inicia inesperada
Açoita minha alma mil vezes cada gota
Tortura meu viver solidão angustia eterna
Derruba muros e portões que afasta o só viver

O fim do temporal que se aproxima vai longe
Não se sabe quando há de ver novamente o sol
Estacado em campo aberto de olhos fechados
Aguardar que a chuva lave e leve embora o sofrer

Escuridão, frio e o querer que deseja ver o fim
Da solidão a extinção do ferroar que dói o peito
Marcar em brasa o gelo que revolve o coração
E derreter de vez aquilo que resfria todo o sentir

Nas tuas palavras doces que me oferecem alento
Sob a chuva que martela meu corpo então cansado
E ecoa por sobre o retinir metálico dos trovões
A tua voz que me guia para fora desta escuridão

Carregado por tua voz sigo ainda sozinho a tempestade
A chuva que aumenta massacra a tristeza que há em mim
Mas juro a ti em pensamento vencer toda a dor
E deixar que a chuva lave minha alma da solidão

- Rodrigo Fernandes Moraes

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