Põe-se ao mar e navega saudade
Recorda deveras sua vontade
E o querer anseia lhe afagar
Tens o medo do amor naufragar
As águas frias o peito endurece
E ouve o silvo invernal que cresce
Tal vento sussurra ternas palavras
O fazer amar que tu a mim lavras
As velas abertas para impulsionar
No infinito livre do teu amar
Meu olhar de estrelas pontilhado
Flutua em ti meu coração escancarado
E nas nuvens que surgem no horizonte
Cinzas, douradas, rubras, são ponte
Que minha vida a tua, estas ligam
Do sentir que dentro em nós brigam
E verte o vento em vendaval
E sopra forte com temporal
Derruba os muros do coração
E alma escorre por tua mão
Tanto tempo espera por ter-te
E aponta a terra, e ao ver-te
Esperança deixa de me confrontar
Certo que em teu amor hei de aportar
- Rodrigo Fernandes Moraes
Nenhum comentário:
Postar um comentário