Vago por ai solto como alma livre
Vago eu fico quando solto palavras
Vago é meu coração tristonho e só
Vago por ai sozinho comigo mesmo
E andando tão só, cego, a esmo
Pisando neste chão batido de pó
Minhas palavras serão minhas escravas
Me fazem pagar com a moeda que se deve
Espaçando meus passos pé a pé
Olhando o horizonte sem fim, deserto
Me acompanha minha roupa e lembranças
Nem água eu tenho para matar a sede
O corpo implora por cama ou rede
Para descansar destas longas andanças
Mais longe vou, de ti eu chego perto
Andando solitário, somente eu e minha fé
- Rodrigo Fernandes Moraes
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